Meu pai é o cirurgião plástico mais antigo na cidade de Dourados-MS, cresci vendo-o trabalhar e sempre percebi a enorme admiração, respeito e carinho que as pessoas tinham com ele. Isso sempre foi muito evidente em uma cidade do interior. Acredito que o desejo de ter esse tipo de reconhecimento, inspirou-me a seguir na área médica.
O gosto e desejo pela cirurgia plástica veio naturalmente. Nunca foi um pedido ou um desejo do meu pai que eu fizesse exatamente a mesma especialidade do que ele, entretanto, as histórias ouvidas dentro de casa, associada à complexidade e diversidade de tratamentos que fui descobrindo durante a graduação médica, e depois na residência de cirurgia geral, levou-me a escolher essa especialidade.
Na residência de cirurgia plástica, o fascínio pela especialidade acentuou-se ainda mais. Tive a oportunidade de vivenciar todas as áreas desta profissão, passando desde o tratamento desafiador de grandes queimados, reconstrução após traumas ou ressecção oncológica complexas, tratamento da paralisia facial, tratamento de pacientes após grandes perdas ponderais, tratamento de anomalias craniofaciais até cirurgias estéticas de nariz, face, mama e abdome. Aprendi neste período que não existe a divisão entre a cirurgia estética (melhor forma) e a cirurgia reparadora (melhor função). Os 2 conceitos sempre devem andar juntos.
O desejo pelo aprofundamento no conhecimento pelas técnicas avançadas de reconstrução surgiu desta miscelânea de influências e conceitos. O respeito profissional, tanto de um paciente reabilitado quando dos profissionais (enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, outros médicos, etc) que nos cercam é exatamente o que eu vivenciava durante minha infância e começo de adolescência em um passeio casual com meu pai em Dourados. Além disso, o desafio e dificuldade técnica desses tipos de cirurgia é uma motivação constante para melhorar sempre.
Por outro lado, o fascínio pelas cirurgias estéticas é igualmente intrigante. Manter a função, visando contornos e formas mais agradáveis, é também desafiador. O conceito latim Primum non nocere atribuído a Hipócrates (o pai da medicina) que significa “primeiro, não prejudicar”, é um dos pilares da bioética e cabe perfeitamente para o tratamento cirúrgico, e em especial, para procedimentos estéticos. A cirurgia estética quando aplicada de forma correta (um bom diagnóstico, um bom planejamento, boa execução e cuidados pós cirúrgicos), a satisfação tanto de pacientes quanto do cirurgião são enormes.
Posso concluir que a idéia de ser cirurgião plástico surgiu naturalmente, sem grandes esforços ou insights. O desejo de continuar e manter-se sempre na vanguarda do conhecimento, como o melhor profissional que sou capaz de ser, deve-se ao fascínio e ao desafio constante que essa especialidade me traz, motivo de grande satisfação pessoal e profissional.
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